Healthcare

Interoperabilidade na área da saúde


Há quem fique preso na mentalidade de cumprir conformidades legais e não percebe a oportunidade de transformação que a interoperabilidade oferece. Ou seja, não encara as novas regras do mercado como um ganho para os sistemas e organizações trabalharem em conjunto, a fim de garantir que pessoas, empresas e soluções tecnológicas interajam para trocar informações de maneira inteligente e eficaz.

Temo um exemplo de 2013, quando, nos Estados Unidos, o Escritório do Coordenador Nacional de Tecnologia da Informação em Saúde (ONC, na sigla em inglês) – principal agência encarregada de coordenar políticas, padrões, programas e investimentos de TI em saúde, do governo federal americano – exigiu que cada provedor de saúde tivesse acesso a um portal do paciente, que permitisse o autoatendimento de prontuários e a capacidade de enviar mensagens diretamente para os profissionais credenciados, bem como apoiasse o cuidado autodirigido e a tomada de decisões.

 

O objetivo era liberar os profissionais de saúde para se concentrarem em tratamentos de alta prioridade e capacitar os pacientes a terem acesso a seus dados e recursos de saúde a qualquer momento que precisassem, sem exigir que eles fossem ao consultório médico.

Infelizmente, o projeto não foi tratado como uma oportunidade de desenvolvimento, mas como uma caixa de conformidade para marcar como concluída. Os portais foram construídos, mas ninguém os acessava. O resultado foi negativo porque não foram criadas ferramentas de engajamento que pudessem ir além dos requisitos obrigatórios.

Algo ainda mais revelador aconteceu em 2014, quando 33% dos pacientes pesquisados ​​relataram que nem sabiam que tinham um portal disponível para eles, e daqueles que estavam cientes, menos de 5% estavam ativos, citando a insatisfação como o principal motivo para não se envolver diretamente com os provedores de saúde.

Já em 2018, uma pesquisa da ONC mostrou que 52% dos pacientes tinham acesso a um portal, mas, entres estes, apenas 28% acessavam seus prontuários por meio dele. Dos 24% dos entrevistados que tiveram acesso a um portal, mas não aproveitaram a visualização de seus registros, 76% afirmaram querer falar pessoalmente com o provedor como motivo para não usar o portal.

Esse cenário destaca que o valor agregado ao portal do paciente ainda não atingiu o público-alvo, tendo o desenvolvimento como apenas uma conformidade atendida, mas uma oportunidade de negócio perdida.

Como chegamos lá?

A mudança de paradigma começa ao ter o beneficiário final em mente, e focando em sua experiência digital e melhores resultados de saúde, como catalisador para impulsionar novas iniciativas de interoperabilidade, não com os olhos apenas em atender conformidade.

Em vez de se concentrar na dificuldade e complexidade que a mudança pode trazer, concentre-se no valor que isso proporcionará ao paciente e suas famílias e, finalmente, ao provedor e ao prestador de serviços, bem como à estratégia correta adotada.

Tratamentos atrasados ​​hoje tornam-se cuidados mais caros amanhã. Exigir intervenções avançadas possivelmente quando ações baixas a moderadas só seriam necessárias se tratadas mais cedo. O custo do atraso é real e calculável, sem contar o déficit na qualidade de vida do paciente quando o custo é o fator determinante para a não busca precoce da intervenção.

Viu? Desviando o foco da conformidade e da complexidade para as necessidades do paciente e o valor que eles recebem da transparência aprimorada, além do acesso digital de autoatendimento às informações, a conformidade com a interoperabilidade se torna a consequência resultante da criação de soluções centradas no consumidor.

O próximo requisito é ter o parceiro certo como a Axway. Orientamos você pelos requisitos de interoperabilidade mais complexos, além de fornecer as ferramentas corretas que garantem o sucesso contínuo da transformação digital e não apenas a conformidade regulatória.

Por exemplo, um mercado para APIs acessíveis que fornece acesso escalável e aberto, bem com segurança e controle.

Embora carregar uma planilha e encerrar o dia possa atender ao mínimo de conformidade, isso não é efetivo para criar uma experiência digital significativa para um paciente. Podemos e devemos fazer melhor nesse sentido, aprendendo com as oportunidades perdidas do passado. À medida que avançamos para o futuro da saúde aberta, que não é apenas transparente, acessível, segura e compatível, mas, acima de tudo, eficaz, valiosa, relevante e em constante evolução.

Deixe a Axway ajudá-lo a sair da caixa de conformidade e se transformar na zona de oportunidade. Certifique-se de estar trabalhando com um parceiro de transformação digital que entenda e apoie seus objetivos: tornar as trocas de dados seguras, experiências de clientes e parceiros brilhantes e facilitar o gerenciamento e o monitoramento do tráfego em seus portais e gateways.